O estado de São Paulo está passando por um notável processo de expansão dentro do setor de produção de vinhos. Essa expansão pode ser justificada a partir do aumento no número de pés de uva direcionados à vinicultura, que apenas em 2023 registrou um salto oito vezes maior se comparado com o ano anterior.
Para além do aumento no número de investidores no setor, outro fator que pode ajudar a explicar essa crescente é o turismo associado às vinícolas.
De acordo a Câmara Setorial de Viticultura, Vinhos e Derivados, ao menos 40 vinícolas gourmet estão sendo estabelecidas em regiões como Espírito Santo do Pinhal, São Roque, Jundiaí, Louveira e Indaiatuba.
Esse movimento tem impacto direto nos campos, local onde mais videiras estão sendo plantadas. Ainda segundo a câmara, o impacto dessa ação será sentido na cadeia produtiva do vinho somente daqui a três ou quatro anos, quando a primeira safra será colhida.
Para a presidente da câmara setorial, Célia Carbonari, embora a produção de uvas não atinja o mesmo volume de outras culturas importantes do agronegócio paulista, como cana-de-açúcar e laranja, ela possui características valiosas, como alta geração de empregos.
“Dependendo da complexidade do terreno, você emprega de um a dois funcionários por hectare. Ao contrário da soja, do milho, da cana-de-açúcar e até da pecuária que, às vezes, empregam uma pessoa a cada 120 ou 150 hectares”, afirma.
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