Sabemos que o azeite é uma joia da gastronomia, capaz de transformar pratos simples em verdadeiras iguarias. Ele é saudável, saboroso e versátil. Mas, ultimamente, tem sido difícil ignorar as etiquetas com preços nas alturas.
De acordo com levantamento realizado pela empresa de análise de mercado Horus, que monitorou mais de 40 milhões de notas fiscais por mês, o preço médio do azeite virgem nos supermercados brasileiros era de R$ 20 em julho de 2021. Esse valor aumentou para R$ 25 no mesmo mês de 2022 e, neste ano, atingiu R$ 30.
Essa evolução representa um aumento de 50% no preço médio do produto ao longo de dois anos, em comparação com uma inflação acumulada de 15% no mesmo período, conforme medido pelo IPCA do IBGE.
E tudo isso pode ser explicado por diversos fatores, incluindo os estoques globais em níveis historicamente baixos, projeções desfavoráveis para a próxima safra na Europa e a preocupação com o avanço das mudanças climáticas.
Segundo informações do Conselho Oleícola Internacional (IOC), que reúne países produtores de azeitona e azeite de oliva, Espanha, Grécia, Portugal e Itália contribuem com 66% da produção mundial de azeite. No entanto, esses países enfrentaram um período de crescimento das oliveiras muito seco, resultando em uma produção substancialmente reduzida.
Como exemplo, a Espanha, que normalmente produz entre 1,3 e 1,5 milhão de toneladas métricas de azeite por ano – cada tonelada métrica equivale a 1.000 quilos – teve uma produção estimada de apenas 610 mil toneladas na safra 2022/2023.
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