Ministro de Minas e Energia afirma estabilidade em área de mina em Maceió

A Defesa Civil de cidade de Maceió segue em estado de alerta em decorrência do risco de colapso de uma das minas da Braskem. O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o afundamento da área da mina, em Maceió, está estabilizado e que, caso haja desabamento, será “localizado”. Na manhã desta segunda-feira (4), a Defesa Civil emitiu um comunicado afirmando que, ao contrário do que foi divulgado anteriormente, o tamanho da mina 18 é muito menor do que o estádio do Maracanã. Segundo eles, a informação não tem nenhuma base científica.

Nota Defesa Civil

Com dados do último sonar, realizado no dia 4 de novembro deste ano, a cavidade da mina 18 apresentou um volume de 116.000 m³, o que seria 27 vezes menor do que o estádio, que tem um tamanho de 3.118.500 m³, segundo dados calculados pelo Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Maceió (CIMADEC). “É mera especulação calcularmos a área que seria afetada, pois estamos diante de um cenário inédito, jamais vivenciado no Brasil. Os dados não fazem essa previsão” esclarece o coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre.

A Defesa Civil de Maceió realiza o monitoramento de toda a área afetada pelo fenômeno de afundamento do solo por uma rede de equipamento que medem em milímetro possíveis deslocamentos em superfície, sub-superfície, inclinação e rotação, com o objetivo de acompanhar a evolução espacial e temporal do fenômeno de subsidência. Técnicos das áreas de geologia, geografia, engenharia de agrimensura, engenharia civil e agentes de monitoramento compõem o time que realiza o monitoramento ininterrupto desde 2019, e fazem a análise dos dados.

“Estamos todos empenhados nessa missão, pois nosso maior objetivo é salvaguardar a vida dos maceioenses. Por isso, desde quando foi identificado a subsidência em cinco bairros da capital, mais de 55 mil pessoas já saíram da área de risco”, acrescenta o coordenador-geral.

Rede de equipamentos

– Rede sismológica com 14 sensores superficiais e 12 em profundidade;

– Interferometria de radar por abertura sintética (InSAR) em uma área de aproximadamente 16 km², e com alta resolução espacial;

– 75 Receptores com Sistema diferencial de navegação Global por satélite (DGPS’s);

– Quatro Inclinômetros com 250m de profundidade e sensores a cada 1m;

– 13 Tiltímetros;

– Três Pluviômetros instalados próximos a área afetada.

Monitoramento

A Defesa Civil de Maceió monitora ininterruptamente a movimentação de solo que está ocorrendo na cavidade 18, onde havia a extração de sal-gema pela mineradora Braskem. Desde a última terça-feira (28), o equipamento que mede a movimentação do solo na mina apresentou deslocamentos expressivos, o que colocou todos os técnicos em alerta máximo para, desde então, iniciar uma força tarefa para gerenciar o caso.

O Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Maceió faz o monitoramento diário pelos equipamentos instalados em toda a área atingida e em seu entorno. Um desses equipamentos é o Sistema de Posicionamento Global Diferencial (DGPS), que pode medir a movimentação do solo vertical e horizontal (3D) em milímetros, em tempo real. Além da rede de equipamentos, o órgão realiza visitas periódicas em toda a área adjacente do mapa, realizadas pelo Comitê Técnico. As visitas têm por objetivo conferir nessas residências se aparecem novas manifestações patológicas e, sendo encontradas, se têm relação com o processo de subsidência do solo.

A Defesa Civil de Maceió informa que o deslocamento vertical acumulado da mina n° 18 é de 1,77m e a velocidade vertical reduziu para 0,25 cm por hora, apresentando um movimento de 6 cm nas últimas 24h.


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